terça-feira, 31 de julho de 2012

Londres, união e motivação

  2012! E as tão esperada olimpíada chegou! Ah, você não soube que começou? Não passou nada na globo? Claro que não está passando nada na emissora tão global, ela perdeu os direitos de transmissão do evento para a Record. E aí, encontrou o canal agora? Sim, posso está parecendo um pouco hipérbole em pensar que vocês não sabiam disso, mas acreditem, muita gente ainda não se tocou. Deixemos minha ironia e todas figuras de linguagem de lado. A olimpíada iniciou, e que venham os grandes acontecimentos!
  O mundo de certo modo parava para acompanhar, claro que não é nenhuma copa do mundo, mas ainda tem o futebol como uma das categorias, então porque não assistir? Não sei o que aconteceu para as olimpíadas não serem mais o foco dos assuntos nas redes sociais, enquanto jornais, revistas e programas de tv continuam cobrindo os acontecimentos da cidade de Londres. Mandei uma mensagem para uma amiga perguntando qual esporte ela estava assistindo, e ela não sabia nem que estava estava transmitindo, enquanto o horário de transmissão na verdade não para. Sinto que só a minha casa para, para assistir, torcer e comentar. O que está acontecendo? Se perguntassem o que é a olimpíada, o que você responderia? Pense. Para todos esses atletas é como se fosse a copa do mundo, porque não devemos atribuir tamanha importância também?  As olimpíadas em tempos de guerra estabeleceu um momento de paz, trouxe motivação de vida para muitos competidores, trouxe as nações mais um motivo para vibrar. Os jogos são o momento de paz, de união e quebra de preconceitos entre todos os países.
   Com os jogos aprendemos o que é o espírito competitivo, o espírito de trabalho em grupo, o sentimento nacionalista, e principalmente o espírito olímpico. O espírito olímpico não precisa ser explicado, basta ver as coisas incríveis que acontecem, e que por sinal só acontece nessas épocas. Como em 1920 nos jogos olímpicos da Bélgica, quando um senhor sueco de 72 anos participou das provas de tiro ao alvo e se tornou até hoje o atleta mais velho a ganhar uma medalha olímpica. Podemos vê-lo (o espírito claro) outra vez em 1932, quando os jogos foram realizados em meio da Grande Depressão Econômica, durando somente 14 dias e mesmo assim 18 recordes mundiais foram quebrados. Ou em 1924, em Londres, quando uma holandesa de 30 anos, mãe de 2 filhos, foi chamada de "dona de casa voadora" depois de ganhar 4 medalhas de ouro em diferentes modalidades de corrida. Sem contar em Roma, em 1960, quando um etíope correu a maratona descalço sob um calor de 40ºC, e mesmo assim além de quebrar o recorde mundial, se tornou o primeiro campeão olímpico africano. Isso são poucos acontecimentos, todos os anos de competição incluem mais histórias como essas. E tem gente que ainda diz que as olimpíadas não mudam muita coisa. Imagine o orgulho de um país ao ver ganha sua primeira medalha, ou o incentivo que dão aos atletas mais velho esse senhor de 72 anos. O que não mudaria na mente de uma pessoa?
  Será então que esse espírito vai motivar nossa geração de atletas para 2016? Estamos em um quadro complicado, o esporte cresce cada vez mais no Brasil, mas mesmo assim falta o famoso patrocínio para muitos, mesmo porque a grande maioria dessas promessas vivem em situação de extrema humildade. Mas o bom atleta se supera sempre. O que acontece também é que não entramos em todas as modalidades nos jogos. Um país com mais de 192 milhões de habitantes não possuí atletas para todas as 29 modalidades de Londres? Talvez sim, o espírito olímpico invada nossa terra e nos dê medalhas, dê orgulho ao povo canarinho. Então não vamos comparar nossos atletas de agora, com os de amanhã, vamos simplesmente assistir aos jogos olímpicos, na Record e na Sportv claro, e ansiar por mais acontecimentos emocionantes, os jogos apenas começaram!


Júlia Luna

De morena tropicana à estudante de letras. Torcedora rubro negra e leitora do mundo. Faço da vida um carnaval, e da minha cultura a minha fé. " A palavra é meu domínio sobre o mundo".

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